21.10.05

Eu sou a favor do desarmamento civil por vários motivos e são muitos argumentos. Armas em punho da “pessoa comum” é besteira, ao menos que você pense como o Che Guevara ou o Fidel Castro (se pensa assim, você tem três alternativas: (1) ir pra Cuba, (2) voltar no tempo ou (3) ir pra Colômbia ou Bolívia que lá tem guerrilha).

Defendo um estado democrático, onde o cidadão tenha que se preocupar com outras coisas mais necessárias, como a melhoria da infra-estrutura da própria sociedade. Ter uma arma não significa que ele vai estar se defendendo, mas fazendo parte do problema – é o mesmo que eu munir os meus glóbulos vermelhos com ácido sulfúrico em cápsulas e falar para eles atirarem isso toda vez que algum vírus tentar entrar no meu corpo, já que os glóbulos brancos não dão conta do problema!

Esse negócio de olho por olho e dente por dente não me é atrativo e não acho que é assim que resolvemos qualquer problema. Por mim a posse de arma seria proibida sempre e desde o início do Estado brasileiro.

Não acho que a lei de desarmamento irá diminuir a violência ou que a posse de armas ilegais pelos bandidos não mais acontecerá, mas acredito que o desarmamento civil faz parte do status quo do Estado. Defendo um estado soberano e que determine a defesa dos interesses civis de outra maneira. O Estado não é nosso pai ou mãe, como defendem os interesses socialistas, mas sim o fornecedor de divisas e meios para que nos desenvolvamos como indivíduos, buscando, da melhor forma para a maioria, o melhor estado conveniente. O Estado ideal, com igualdade a todos, é utópico, mas ainda podemos lutar para que o interesse da segurança do cidadão seja determinado pelo Estado.

Não acho que a lei de desarmamento irá diminuir a violência ou que a posse de armas ilegais pelos bandidos não mais acontecerá, mas acredito que o desarmamento civil faz parte do status quo do Estado. Defendo um estado soberano e que determine a defesa dos interesses civis de outra maneira. O Estado não é nosso pai ou mãe, como defendem os interesses socialistas, mas sim o fornecedor de divisas e meios para que nos desenvolvamos como indivíduos, buscando, da melhor forma para a maioria, o melhor estado conveniente. O Estado ideal, com igualdade a todos, é utópico, mas ainda podemos lutar para que o interesse da segurança do cidadão seja determinado pelo Estado.

Não abro mão da minha liberdade abrindo mão da arma de fogo. Continuo com o Direito de me defender, só não posso ter um revólver.

Sem a lei de desarmamento NUNCA mais vai ser possível, pois isso é lobby da industria armamentista. Eu acredito que essa lei só não passou direto porque alguns interesses financeiros fodidos estavam em jogo. Desculpem-me, mas eu sei que o mundo gira em torno da grana e que a guerra e a violência são as coisas mais lucrativas do mundo (as grandes civilizações sempre giraram em torno disso, não somos diferentes, só estamos menos “hegemônicos”).

VocÊ acha que as armas utilizadas para crimes comuns são todas de contrabando? Se pensou sim, pensou errado. A maioria são armas que foram adquiridas legalmente.

Armas de crimes comuns são armas legalizadas, adquiridas em algum momento de forma correta e vendidas ou desviadas através de furtou ou similar para o criminoso. A arma de crime de grande porte ainda é ilegal, aquela conquistada através do contrabando. Não sou ingênuo e sei que os AR15, UZI, lança misseis e aquele monte de arma que o tráfico ou o grande crime usa não são legais. Só que a maioria das armas ainda é.

Sou a favor do SIM e sou a favor do desarmamento civil. Não mudo e vou continuar sendo. Eu NUNCA terei uma arma de fogo em minha posse. Prefiro pagar por minha segurança de outra forma, realizar outras modificações do que dar um tiro ou usar uma arma pra “mostrar quanto eu sou macho”.

São várias coisas que me deixam com a consciência tranqüila:

I) Um taco de baseball na parede vai me defender de um assaltante em minha casa da mesma maneira que um revolver e meu filho não vai bater na cabeça com o taco porque estava vendo como ele funcionava;

II) o meu vizinho não vai me espancar até a morte com o taco porque eu incomodei ele de alguma forma;

III) minha mulher não vai me dar um tiro pq me pegou com outra;

IV) e o cara no transito não vai esmagar minha cabeça no asfalto porque eu, sem querer, bati no carro dele.

Não preciso provar isso pro mundo, que arma de fogo só piora os níveis da violência. Quanto maior a defesa da pessoa comum, maior é a violência do ataque dos criminosos. O que tem que ser feito é direcionar esforços para sanar as coisas, mas o problema é que todo mundo se apega a seu revolver como ele fosse o objeto de segurança maior. E não é... não adianta muito. Revólveres mal utilizados já foderam mais gente do que ajudaram, pode ter certeza.

E se eu preciso colar a porra de um adesivo na minha casa escrito “NESTA CASA NÃO HÁ ARMAS DE FOGO”, eu o faço!!! O meu taco de baseball estará lá, junto com o meu direito de proteger a minha propriedade e minha família. O que estará também é a certeza que eu não terei problemas maiores, que entrarão na minha casa pra roubar tudo, menos um revólver e também que meus filhos não deram um tiro na cabeça do coleguinha porque estavam brincando de Power Rangers.

Se você acha que arma resolve alguma coisa, garanto que acha também que a camisinha anti-estupro da sul-africana Sonette Ehlers funciona. Então, vamos importar algumas delas e começar a utilizá-las por aí, afinal, vai diminuir o estupro, assim como ter um revólver em casa vai diminuir os assaltos. Fazer o quê, né? Algumas pessoas (a maioria, diria) tendem a se amarrar na falsa segurança.

Essa é a minha opinião.