28.4.05
Estou chateado de fato, não é porque ela é parente, mas porque a imagem dessa “baixinha elétrica” está enraizada na minha vida. Em TODOS os momentos ela estava lá, algumas vezes mais frequentemente, outras nem tanto, mas no final, sempre presente. Passou por todas as etapas da minha vida e a de um monte de gente. Ela vivia falando que a vez dela estava chegando, mas ainda está longe de acabar. Já passou tanta gente por essa vida, tanta gente que convivia com ela: minha avó, meu avó, seus irmãos, alguns sobrinhos neto até. Só que ela ainda tem história para contar, tem vida pulsando nas veias dela... aliás, foi o excesso de vida que causou esse tropeço: a pressão alta acabou por lhe dar um derrame de presente, mas é só pra mostrar que ela é uma pessoa forte e que vai conseguir superar. Agora eu QUERO ir para minha cidadezinha querida/odiada para visitá-la ao sair do hospital. Preciso e não é obrigação, é necessidade pela pessoa que ela é, pelo que ela significa em minha vida – posso não ser a melhor das pessoas para demonstrar carinho, preocupação e afeto, mas ainda sim sinto; não é porque não se vê o fogo que ele não queima, correto?
Mudar a si mesmo em si mesmo é retórica frouxa.
Quando pensamos que podemos mudar o mundo, tudo fica mais leve. É como se essa megalomania disfarçada de autruísmo pudesse, de maneira inovadora, transformar o mundo cinza em um imenso show dos Teletubies. A nossa alma fica mais leve somente pelo desejo de efetuar mudanças: nossos olhos se perdem entre milhares de imagens salvadoras, mas em todas elas somos mártires de causas impossíveis. Tentamos mudar o mundo pela força de nossas imagens utópicas e moldamos a realidade do jeito que ela melhor se adequa a nossos planos – quando queremos felicidade, projetamos a felicidade em alguma coisa qualquer que esteja a nossa vista (nem sempre aquilo nos faz feliz de fato, é só uma ilusão de grandeza para evitar a rudeza com que a vida nos trata).
Tiramos da cartola milhares de truques para compensar nosso desejo de contruir sonhos aos milhares, mas concretizamos menos do que poderíamos contar em uma mão. Quase nenhuma realização de nossa vida depende diretamente do nosso zelo e excesso de imaginação, tudo é questão de sorte – o que separa uma pessoa com potencial de ser alguém maior do que é do que uma que realmente é se concentra apenas nos mesmos coeficientes dos jogos de azar.
See ya.
27.4.05
Um dia frio. Uma série de coinciências. Tudo se transforma de um jeito diferente. O mundo gira. As pernas tremem. Os conceitos mudam. O que era errado vira certo e o que era certo fica confuso. O brilho se perde em meio as névoas. O que não é cuidado cresce para lados que não esperamos, pois não conduzimos para a frente o que nos é caro. Deixar algo crescer livre é maravilhoso, é bonito e é perfeito, até o momento que você precise guiar os galhos para que eles não atinjam a fiação elétrica. É necessário zelo, pois você cuida do que você gosta, mostra-se preocupado, dá atenção e carinho. O amor só amor quando existe entrega e quando existe carinho – afeto é necessário, tanto quanto o respeito.
E repito sempre “olhos verdes serão a minha derrocada”.
Show do Placebo foi ÓTIMO. Não só o show. Faltou gente lá? Com certeza, nem vou nomear. Antes do show foi maravilhoso ter jogado papo fora e conhecido os “níveis etílicos camilianos”, pena que só chegamos ao nível 3 e foi rápido demais. Conheci pessoas legais e Campinas demonstrou mais uma vez ser um lugar perfeito para se colocar gente nova na vida da gente (e gente interessante, o que é melhor).
Assisti aos shows das bandas. Gostei da maioria delas, mas o melhor de tudo, quem levou o Prêmio dessa eliminatória foi o pessoal do VOLPINA (www.volpina.com.br). Quer coisa melhor que isso? Galera de Sorocaba, que está colhendo o que está plantando. Aliás, se vocês puderem, entrem lá no site da Trama (www.trama.com.br) e vão no Trama Virtual. Procurem as músicas e ouçam. Vocês verão que eles não se enquadram em categoria nenhuma de rock, não dá pra inserir eles nesses rótulos convencionais que circundam e assombram o rock nacional (emocore, hardcore e afins), fazendo da cena alternativa brasileira algo, no mínimo, estranho. Parabéns, caras, vocês mereceram e receberam meus aplausos sinceros!!!
O resultado do show de ontem, do frio e da gritaria está aqui. Febrão danado, garganta doendo, tosse, mal estar e uma sensação de que as baterias de uma banda de blackmetal estão dentor da minha cabeça. PT total. E olha que nem é ressaca. Estou passado.
O mais divertido é passar por Sorocaba, minha cidade natal e querida/odiada, passar pelas ruas todas na madrugada e não ir para a minha casa lá. Assustador. Isso é estranho de verdade.
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Estou bem hoje, de um jeito que não fico a um tempinho. Falei ontem para uma amiga minha muito querida que eu estou me sentindo estranho. É como se eu fosse desimportante para as pessoas que eu mais gosto e não desse valor para quem realmente gosta de mim. Acho que estou me prendendo em sentimentos errados – só que não existe sentimento errado, é você que tem que aprender a lidar com as coisas sem exigir resposta imediata. Cada dia mais confuso, mais “atropelado”, porém, inteiro. A tranqüilidade impera hoje, porém, saudade de um “abraço de urso” já e da carinha de cachorro pidão.
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E hoje tem segundo round! Show do Placebo em São Paulo. Estou indo pra ter certeza que ontem não era um sósia do Molko e pra ter certeza também que o show não foi playback. Tá, eu paro de ser engraçadinho (ou tentar ser)!
Até.
26.4.05
Vou sozinho para lá, mas vou encontrar MUITA gente que eu gosto. Vamos ver se meu humor melhora. Estou melhor hoje. Cheio de work pra fazer, mas BEEEEM melhor.
E amanhã tem dobradinha Placebo again. Queria só dar um abraço em alguém muito especial hoje, mas está longe. Espero porém que esteja melhor.
E lá vou eu editar meu Profile no Orkut novamente.
Até.
Nossa, faz tempo que não blogueio, mas vai ser divertido, afinal, escrever é minha válvula de escape.
É isso, voltei... voltei, do jeito que eu sou, sem rodeio (ou com muito).
Até.