26.8.05

Algumas coisas pra falar, mas sem tempo de fazer.

Enquanto isso eu dei uma pincelada naquela historinha que eu estava fazendo, olha, o resultado me agradou, mas achei "sem sal".

Pra ler é só ir para a Gracia que está no Carcasse.

Quem quiser encarar "O Vazio", sem revisão, é só clicar aí no nominho da história. Ainda tem MUITO do universo. Ele se expandiu. Tá na hora já, aliás, passou da hora, disso acabar e virar site.

Boa diversão aos que tiverem paciência.
Deu deprê, sem você. Não vou dormir, ou até vou. Não sei, estou mausis, por sono e por pensar que eu fiz algo, ou deixei de fazer. Isso me deixa triste, porque eu queria ser motivo de felicidade... talvez por querer fazer as coisas ficarem melhores eu acabe deixando elas mais complicadas. Sei lá, deu curto. Deu deprê. Mas tudo isso pode ser apenas uma bad trip da porra. Só sei que te amo com todas as minhas forças. E nada de texto falando sobre isso. Prometi pra mim mesmo viver mais e escrever menos sobre as coisas do coração - porque é bem mais bonito metaforizar as coisas ao invés de encarar elas do jeito que realmente são.

Te amo. A única coisa que eu sei dessa minha vida errada é que você é minha certeza.

Amo. Muito.

23.8.05

Um pouco da minha prosa... ela nasceu, não tive culpa. Tem tanta coisa na minha cabeça, comecei a reescrever O Vazio (again). Estou feliz.

Abaixo vai uma historinha besta, faz parte do universo do Vazio, acreditem. ;)

Até.

Gracia

Mínimos. Minimizados. Minimalistas. Dedinhos tão pequenos que não podiam ser notados quando tateavam o chão. Não se podia saber ao certo como algo tão frágil e pequeno conseguira viver tanto tempo sozinho, desprotegido. As interpéries e desafios que a vida ao relento trazem para qualquer alma são estranhas, mas para aquela criança novinha, jogada nos escombros de uma uma cidade desmoronada, tudo parecia um playground. Prayground seria uma brincadeira mais adequada, já que a inocência residia em uma Igreja desmoronada.

Kossovo? Faixa de Gaza? Não, era apenas mais uma cidade desmantelada do interior da Colômbia. Os países católicos sempre eram os mais competentes para gerar demônios, pelo menos os demônios mais discretos, já que as grandes potências sempre exportaram demônios profissionais e barulhentos, fossem chamados por seus nomes de batismo ou por apelidos - assim como o fizeram com as bombas em Hiroshima e Nagasaki.

O chão da igreja estava todo desenhado por pegadinhas e dedinhos espertos. A criança, com pouco mais do que 60 cm de tamanho e seus absurdos 20 quilos vivia ali, sem precisar de mais nada além do que aquele solo lhe dava. Ela se alimentava de esperança e das orações depositadas. Como viera ao mundo era um segredo, mas já corriam rumores na cidadezinha que alguma coisa gemia nas noites tórridas daquele janeiro estranho.


(continua)