20.5.05

Bom, depois do meu post felizinho agora é hora de descontar o stress.

Tá, eu to puto, com váááárias coisas: odeio levar bolo, odeio não ser atendido depois de horas esperando (três vezes, eu disse TRÊS) no mesmo dia, odeio achar que me livrei de um problema e ele surgir comendo o seu calcanhar e odeio duendes (esse último não sei porque veio, mas acho que é porque eu to vendo um saltitando em volta de mim, já são três dias sem comer - Danix com iogurte não conta.

Eu estou quase nesse nível hoje:

Mulher atira monitor pela janela no RJ

Mudando de assunto, olha que absurdo ISSO:

Jogo de RPG motiva assassinato de família no ES

e

RPG: reconstituição de crime no ES é contraditória

Vou discutir isso com mais paciência outro dia e ir com calma, mas lá vai a minha opinião sobre essas manchetes:

1) A abordagem da mídia é sensacionalista e absurda com relação ao RPG. Não é culpa do jogo se as pessoas piram na batatinha, se fosse assim então os quadrinhos, livros, cinema e, até mesmo, televisão (como síntese e como apoteose de diversos aspectos culturais nacionais) seria responsável por muitas das merdas do dia-a-dia. O RPG não é culpado pelos crimes e ele não "motivou" os jovens para isso, eles fizeram isso e usaram o jogo como bode expiatório;

2) Esse tipo de tratamento dos temas (de forma sensacionalista e irresponsável) torna a divulgação de alternativas culturais e de diversão difíceis, já que pinta tudo o que é diferente de "responsável pelos erros" de um todo. Eles associam o crime a coisas como "jogos de videogame", "RPG" e a filmes específicos em uma tentativa de chamar a atenção do leitor ou do público para aspectos que não são ligados diretamente ao fato - talvez seja uma maneira de bancar o Poncius Pilatus e lavar as mãos, ignorando que o problema é causado por uma falha que é responsabilidade dos indivíduos que compõe a sociedade, apontando um bode expiatório, um alvo para descontar a frustração. O pior é que eu sei que é isso, pessas esclarecidas e decentes sabem disso, mas a massa nem fodendo; foda, foda, foda e foda mil vezes até eu cansar de falar.

3) O crime de Ouro Preto foi esclarecido e não TEM envolvimento com RPG, o responsável fez uma declaração para a imprensa (para O Globo se não estou enganado) dizendo que não conhecia os jogos que associavam ao assassinato - o cara era um sociopata ou psicopata e pronto! Só que isso não é levantado por quem escreve uma matéria dessas no jornal, eles falam o que querem, distorcem os fatos e fazem a massa acreditar em uma mentira. O jornalismo, não só no Brasil (o estrago nos EUA é maior e vem já acontecendo desde a década de oitenta), está relegado a uma massa de antas corporativistas que não sabem do que falam e estão fazendo apenas o que seus chefes mandam: divulgando informação que tenha teor comercial e tenha maior relevância para esse monte de imbecil que faz parte da massa. Publicitário e jornalista não têm mais suas diferenças, acho que o jornalista está se tornando um ser bem mais medíocre que o primeiro, já que ele veícula propaganda (no sentido negativo da acepção da palavra) em sua informação disfarçada de esclarecimento às massas. Estou ficando com mais nojo ainda da mídia;

4) Deixo claro aqui que essa é a minha opinião sobre a maioria das pessosa, conheço jornalistas SENSACIONAIS e pessoas que estão cursando Jornalismo que prometem ser a diferença, mas espero que eles não sejam corrompidos pelo sistema como acontece com a maioria dos estudantes de direito ou dos articuladores sociais - ser formador de opinião é triste, o sistema lhe corrompe. O problema é que é essa gentinha ralé e acéfala que queima o filme do resto que presta (seja advogado, policial, jornalista, publicitário, político, etc), mas é certo que em alguns grupos de pessoas a pressão é bem maior e o número de gente mesquinha, ignorante e que merece ir pra putaqueopariu é maior (beeeeeeeeem maior, aliás). Sim, isso me deixou MAIS PUTO.

Repitam comigo 6x sem enrolar a língua, bem rápido:

POE TÁ PUTO, PORRA!

Até!

Assisti a Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith ontem. Não aguentei, desculpem-me meus amigos, mas não pude resistir. Cinema do lado de casa, o Bristol, com som THX e sala com lugar ainda. Foi mais forte do que eu e o lado negro da Força acabou por me vencer.

Estou arrepiado até agora. O filme conseguiu me remeter de volta a infância, no melhor dos sentidos. Senti-me com 6 ou 7 anos novamente, vendo aquelas naves todas e uma história de fazer qualquer “fã da série” chorar – e não só os fãs de Star Wars, mas quem acompanhou os filmes da safra nova, pois a queda de Anakin Skywalker é sensacional. Tem muito para ser pensado nesse filme, muito do zen inserido na idéia da Força e no equilíbrio pregado pela história do George Lucas.

Sim, ele conseguiu. O filme é sensacional e todo mundo já sabe do final, então não vai ser crime eu comentar algumas coisas. Quando o Anakin finalmente “vira” o Lord Vader (no momento em que seu corpo é substituído por próteses mecânicas e ele se torna um simulacro do tinha sido – uma cópia mal feita, baseada em uma imagem distorcida, tanto por sua queda para o Lado Negro quanto por suas deformações físicas; talvez o caráter estético seja uma exteriorização do Ego distorcido e incompleto que Anakin incorpora) é de arrepiar a coluna e o filme é muito bem emendado. As cenas finais emendam com chave de ouro os três filmes e já lançam EXATAMENTE a história no ponto onde ela começa no Episódio IV – Uma nova esperança. Sensacional!

Vale falar que a Natalie Portman e o Ewan Mc Gregor roubam a cena do filme. Suas atuações, junto com a do ator que faz o Palpatine estão maravilhosas. Só continuo achando que o Hayden Christensen é realmente o Cigano Igor ou o Gianicchini do filme. Peloamordedeus, ele é MUITO ruim e inexpressivo. Antes achava ele ruim, agora eu acho ele pior. Só que nem ele e sua super atuação conseguiram estragar a festa.

Efeitos especiais perfeitos, narração da história sensacional e tudo o que o G. Lucas sabe fazer de melhor. Só que alguns personagens são muito superficiais no filme e, se você não assistiu o desenho animado Clone Wars que passou na Cartoon Network aqui no Brasil, vai ficar sem entender o que eles significam na mitologia de Star Wars. O Gen. Greavous, por exemplo, ficou tão inexpressivo no filme, com algumas “pontas”; não chega a nem ser o vilão que ele é se você acompanhou a série animada – então, preparem-se para comprar o DVD com os desenhos, caso você não tenha acesso aos episódios que passam no Cartoon. Até a minha Jedi predileta aparece no filme, mas ela só faz uma pontinha. Ai. Ai. Eu caso com ela, mesmo com aquelas tranças de carne pra lá de estranhas! Rs

Novamente, estou emocionado. Star Wars tem um significado especial demais para quem é da minha geração, consegue trazer os sonhos de infância de volta. Passaria horas aqui escrevendo sobre o significado dos filmes e da história criadas pelo G. Lucas, mas vou economizar isso e fazê-lo outra hora – ainda estou no calor do filme, vou acabar me enrolando com tanta informação que está na cabeça. Fazem pouco mais de 12 horas que assisti e ainda estou impressionado e eufórico. Sou fã da série? Sim, mas sou fã também do bom cinema de diversão.

Cito um amigo meu, o Marcelo, que disse:

“George Lucas conseguiu no cinema o que o Tolkien conseguiu com Senhor dos Anéis”.

Concordo totalmente com ele e isso seria um tópico para uma super discussão. Embasamento e argumentos para defender essa afirmação não faltam.

Alguns momentos memoráveis do filme:

1) Quando estão na nave o Mestre Windu, Yoda e Obi-Wan conversando sobre a possibilidade da professia ter sido interpretada de forma errada, sobre o escolhido: o Samuel Lee Jackson está dialogando com os outros personagens, quando o Yoda fala “interpretar a profecia errado nós podermos ter feito” e ele olha para o Yoda com uma cara de Jules em Pulp Fiction, mexendo a cabeça com cara de quem vai dar um tiro na cabeça do anão verde, emendando com um “nós podemos ter feito isso” foi de matar de rir. É muito engraçado. Ele faz uma cara completamente “não-Jedi”, parece um personagem dele em qualquer filme... lembrou-me até Jackie Brown!!!! rs Perfeito!!!

2) O Obi-Wan fazendo um HOME RUN com o Anakin! YEEAAAAAAAH! Assistam, vocês vão entender e rir horrores!!!! Eu, pelo menos, vibrei!!! HAHAHA

3) Os Chewie aparecendo e mostrando “o tamanho da sua pica na sociedade wookie”.

4) A construção da Estrela da Morte no final do filme.

5) Os cenários que remetem diretamente ao Uma nova esperança e ao Retorno de Jedi.

6) O loop da promonição do Anakin, perfeito paradoxo do avô, juntamente com a idéia toda da Profecia Jedi. Um assunto para ser discutido por horas, tanto quanto é a lógica de Matrix.

7) O Yoda pegando no sabre (ups!) mais uma vez;

8) O Doku tomando no cu (AHWHHAWHAW);

9) O Palpatine que é o personagem mais darque-dumal-piquenu em toda a história do cinema (ele só perde pro bicho-papão e pro lobo-mau – ah, e pro Morgot, mas esse é do Tolkien e os dois primeiros são das histórias pra criança NÃO DORMIR. Ele é duuuuumal meeeeeeeesmo.

10) O Palpatine, de novo, pegando 4 Jedis na porrada e mostrando porque ele é foda de verdade e porque o Vader mata o Obi-Wan (oh, vocês não sabiam? AWHHAWHAW) com uma porrada só no Uma nova esperança - o Lado Negro da Força é DUMAAAAAAAAAAAAAAUUUUU!!!

NERD PRIDE FOREVER!

Vamos juntos para a utopia nerd. Lá é fácil sermos felizes, é só ter muito Azimov, Star Wars e todos as temporadas das diversas séries de Star Trek. ;)

lol

18.5.05

Bom, só pra vocês darem uma olhada, essa é a melhor música de todos os tempos (depois do sucesso, claro, de Neisa, A Jabuticaba).

Lá vai a música:

Bonde da Orgia de Travecos
(MS Barney e Professor Aquaplay)

Eu tava com meus mano lá na minha quebrada, chegou o Vanderlei e veio dar idéia errada
ele virou pra mim e fez a proposição: orgia de traveco com scat de montão

Essa é a minha vida, cheirar pó e queimar pedra, trepar com o traveco e depois fumar minha erva. Usando altas drogas e adorando o cão, pregando o satanismo e praticando a felação

Então vem nessa moçada que essa é a nova onda, faz enema no traveco e depois cê lambe a sonda. Durante a orgia rola pó e rola pinga, depois todos se injetam usando a mesma seringa

Saindo do meu trampo, o farol vou avançando, não vou ficar pra trás porque os traveco tão bombando. Tô dando vários pico, com uma pica no cu, chupando um pau preto para a glória do belzebu

Sem orgia de travecos fico triste e deprimido, com orgia de travecos viro soropositivo. Vou fazer um fist fuck entao traz a vaselina. Também traz um meião pra gente cheirar benzina.


Eu tava com meus mano lá na minha quebrada, chegou o Vanderlei e veio dar idéia errada
ele virou pra mim e fez a proposição: orgia de traveco com scat de montão

Orgia de traveco não pode deixar barato, todo mundo toma banho usando porra de macaco. Traveco cirurgião regado a cocaína, remove o meu escroto e injeta solução salina

Durante essa orgia, morderam minha bunda, depois gozei na cara de um anão que era corcunda. A orgia de travecos é uma coisa muito guet, a orgia ta rolando no avião brutal do scat

Eu tava com meus mano lá na minha quebrada, chegou o Vanderlei e veio dar idéia errada
ele virou pra mim e fez a proposição: orgia de traveco com scat de montão

17.5.05

Os cantos do silêncio

Olhei para os lados, encostado no balcão – os mesmos rostos abertos faziam o atendimento. Nada era incomum e talvez um ou outro microverso estivesse agora em seu Big-Bang particular. Não importava muito isso naquela hora. Tudo o que eu esperava era pretérito-futuro, nada perfeito – nada havia se concretizado de fato.

Meus dedos estavam impacientes e a mercadoria demorava a ser desembrulhada; malditos eram os rolinhos em que ela vinha embrulhada.

Fitei mais algumas vezes os rostos à minha volta e não obtive mais resposta do que uma série de brilhinhos muito particulares atráde de cada olhar – seus mundos se faziam distantes do meu e isso era o que me tranquilizava naquela hora.

Minhas encomendas chegavam aos poucos, afinal, dar bandeira não era o que eu queria e já existia um certo profissionalismo em meu modo de agir. Saber o que fazer na hora que é para ser feito, é uma das características que, juntamente com a discrição, mantém-nos sempre ativos nesa busca por mercadoria nova.

Esta era uma das coisas que eu havia aprendido em minha jornada fútil por entre as luzes piscantes, as bitucas de cigarro e o bafo de álcool; coisas tantas, diversas como são os formatos e a geometria dos flocos de neve – só que eu nunca havia visto um, havia lido em algum lugar quando criança ou visto em programas de televisão desses educativos que eles nunca eram iguais, mas já conhecia bem essa variedade das coisas, tal como conhecia os poros da minha pele.

A cada momento minhas mãos tremiam, mas sempre era assim. Ninguém é tão experiente como parece ou deveria. A minha diferença e a de um novato era apenas no como fazer, jamais no feito – condição sine qua non do mundo peirento e disperso onde eu resido.

O pacotinho caiu em minha mão e desembrulhei o meu presente. Sem pestanejar mandei para dentro, sem-dó-nem-piedade. Foi o mesmo efeito das outras vezes, o mesmo baque de sempre. Sorri no primeiro impacto e atingi o que chamo de “Nirvana-até-onde-conheço-o-termo”. Só que eu já estava tão acostumado com os efeitos. Todas as noites no mesmo jogo faz com que a partida perca a graça e que emoções novas sejam adicionadas ao tempero – e tudo perdia a sua graça com rapidez maior do que a adquirira.

As doses já superavam em muito o telorável. Já haviam se transformado em abuso invasivo. O corpo não emitia os mesmos sinais de antes e a mente parecia anestesiada pelo uso constante de ferramentas externas para se manter ativa. Uma dose. Duas doses. Três doses. Uma dúzia delas não adiantavam nada, podiam dar alguns sinais dos efeitso de outrora, mas eram apenas traços semi-apagados do prazer que despertava anteriormente. A tristeza vencia e era pior que abstinência, pois os perigos de sempre tentar alcançar o limite ainda se faziam presentes.

Não existia mais novidade naquele momento. Era tudo sem sal, sem cor e sem cheiro – um mundo de aforismas budistas soltos para alguém que não tem os meios necessários para decodificar a mensagem, um mundo escrito em Braile para surdos ou um baile para cegos, tanto faz a metáfora, o que importa de fato é que não havia mais sentido em continuar. O objetivo havia se perdido, não existia mais fuga, não havia mais prazer e não havia mais um lugar melhor que o nosso lar. Doroty havia partido para Kansas fazia muito tempo e havia deixado o Totó para fazer coco em todo Mundo Mágico de Oz.

Quando olhei para mim mesmo depois de tanta coisa enfiada goela abaixo, de tanto desaforo engolido para poder manter aquela aura de felicidade fake que já não tinha graça alguma e de tanta tentativa de encontrar algo mais em um mar de vazio, senti nojo. O nojo virou ânsia de vômito rapidamente, em uma metamorfose de deixar Kafka com inveja jorrei o meu ID para todos os lados do pequeno banheiro que ficava bem escondido no seu canto – os requintes descritivos poderiam criar uma nova mitologia e fariam o realismo-fantástico ser apenas um projeto de gaveta (e H.R. Giger acharia suas criações tão enfadonhas).

A ressaca estava vindo. O problema que eu tinha com ela era imenso, pois não era a ressaca de qualquer coisa. Talvez álcool, tabaco, maconha ou cocaína fossem mais bem-vindos quando a gente chegasse nessa hora; mas ser viciado em pessoas era um problema sem igual. A gente pega elas com cuidado e adiciona sempre algo novo ao cocktail que temos em nossa frente, sempre abrimos os braços para as novas amizades, mas no fundo, o que queremos é um pouco mais de sorriso e novidade em nossas vidas.

Pessoas dão a pior ressaca de todos os tempos. O seu uso constante transforma nosso pensamento em um mar de coisas sem sentido, em novidades que se tornam massantes cada vez mais rápido. Uma piada é nova na primeira vez, mas o repertório sempre estático transforma a fauna de pessoas que preenchem o mundo em um enorme aglomerado de coisas sem a menor utilidade. No começo, tudo é bonito, você usa e abusa da novidade e dos novos rostos, mas com o tempo tudo é enfadonho e massante. A mais interessante das almas se torna apenas um rosto com linhas inexpressivas em um mar de outros rostos com linhas semelhantes – não há fuga dessa prisão e o vício só é descoberto quando é tarde demais ou quando já causou estrago suficiente para ser lembrado pelo resto da vida (como a regra universal de todos os vícios).

Não adiantava a mim tentar fugir daquele cubículo onde eu havia me trancado. Pessoas continuariam a me dar náuseas e eu ficaria lá, soltando os bofes para fora até que o efeito tivesse passado. Só que eu sabia: não iria passar. Para onde quer que eu fosse elas estariam lá me esperando. A maioria delas sem nada a adicionar e uma pequena parte, sendo mais do que invólucros vazios, faria a diferença ajudando-me a desintoxicar meu organismo.

O vício residiria em mim mesmo que fugisse do banheiro e a cada segundo que eu estivesse fora dali teria que conviver com a sua face suja. Os sorrisos continuariam amarelos, as conversas ainda seriam massantes e as tentativas de ser diferente no meio da massa ainda me deixariam, de certa forma, delirante.

A minha infelicidade é que o meu vício não permitia a overdose (ou até o permitia, mas eu não morreria pelo uso: isso ocorreria pelo enorme tédio gerado pela ausência de alma dos invólucros de carne que jaziam a minha volta – pessoas, só isso, sem nomes, apenas apelidos amontoados aos montes em um mar de filosofia barata, de poses para fotos, de conteúdo comprado na Santa Efigênia e de respostas encontradas no Google.com).

Nenhum homem é uma ilha, mas a vida de homúnculo cansa demais.

15.5.05

Tem horas que a gente não se entende mesmo, não? Na verdade, é compreensível demais esses ciclos de loucura relativa que me acometem. Talvez isso tudo seja mesmo uma regra, um modus operandum que eu ainda teimo em chamar de imprevisibilidade ou de mudança de humor. Sou a criatura mais previsivel em minha imprevisibilidade (estranho isso, não?), sou um ser feito de cotidiano e de coisas comuns que tem uma casca de estranho ou diferente - sou um nerd fingindo ser mais que isso, um idiota que acha que é uma criatura mítica, mas não passa de um babaca com pretensões de grandeza.

Como diria Fernando Pessoa: "o paradoxo sou eu".

Acabo a sessão lamento, porque depois tenho muito o que falar. Aliás, estou pirando novamente: acho que voltei à adolescência. Socorro! Estou lendo filosofia e isso é besteira, principalmente quando é Nietzche.

O Tyler está querendo encontrar o Jack - e está forçando a barra. Buraco junckie, já vou eu!