23.2.06

Pra eu ficar na moda, uma opinião ligeira.

Gente, eu ainda acho que brasileiro é um povinho invejoso da porra!!!! Só porque a mulher teve uma sorte danada, conseguiu subir ao palco, ficar ao lado do Bono e aparecer em rede nacional de TV os manés todos ficam falando merda da coitada. Deixem ela viver, afinal, a maioria das pessoas que falam mal é pra desdenhar mesmo. Conhecem a história da raposa e das uvas?

Não? Então a leiam abaixo:

A raposa e as uvas

Morta de fome, uma raposa foi até um vinhedo sabendo que ia encontrar muita uva. A safra tinha sido excelente. Ao ver a parreira carregada de cachos enormes, a raposa lambeu os beiços. Só que sua alegria durou pouco: por mais que tentasse, não conseguia alcançar as uvas. Por fim, cansada de tantos esforços inúteis, resolveu ir embora, dizendo:

- Por mim, quem quiser essas uvas pode levar. Estão verdes, estão azedas, não me servem. Se alguém me desse essas uvas eu não comeria.

Moral: Desprezar o que não se consegue conquistar é fácil.

Ler Godwin demais dá nisso

Não sei se eu fui bem educado ou se minha mãe encheu minha cabeça com minhoca demais, mas eu aposto muita coisa na primeira opção. Então, no meio dessa educação eu aprendi algumas coisas bem importantes, como, por exemplo, honrar minha palavra.

Vou contar uma história para vocês analisarem comigo:

Quando eu compro pão na padaria do Seu Zé e não tenho dinheiro para pagar, eu penduro. Se a situação aperta eu vou lá falar para o Seu Zé que eu vou pagar, mas que eu preciso comer, porque estou com problemas devido ao atraso no pagamento de alguns trabalhos que eu fiz. Só que eu resolvi deixar estacionado na garagem do Seu Zé a minha bicicleta, como sinal que eu ia pagar um dia o que eu devia para ele. Daí, vocês não acreditam, tive que pegar mais pão. O Seu Zé, meu amigo e pessoa que confia em minha honestidade, deixou estar, ainda mais que tinha a minha bicicleta como garantia.

Então, um dia, eu descubro que não vou ter dinheiro. O que eu faço? Abro uma conta na quitanda do Seu Pedro e faço as mesmas promessas. Só que eu preciso da minha bicicleta para tentar ganhar dinheiro. O que eu faço? Vou até a casa do Seu Zé, aproveito que sei como entrar e tinha uma cópia da chave. Dentro dela eu vou até a garagem e pego a minha bicicleta. Claro que tudo isso sem o Seu Zé saber, afinal, eu estou devendo dinheiro para ele.

Tudo isso foi feito com total boa intenção, afinal, se eu conseguir trabalhar TALVEZ consiga dinheiro e TALVEZ eu consiga pagar o Seu Zé. Não me importo se ele ia vender a bicicleta para pagar os fornecedores, afinal, eu estou devendo para ele e não quero saber para quem ele deve.

O que eu fiz não foi desonesto. O que eu fiz não foi crime. Nem mesmo se estou devendo para o Seu Zé, o Seu Carlos, o Seu Justo, o Seu Manoel e mais um monte de gente espalhada por aí, afinal, eu ajo sempre com a melhor das intenções.

Notaram alguma coisa muito estranha nessa história? Sim, eu cometi um crime! Sim, eu fui desonesto! Sim, eu estou contando com ovo no cu da galinha! Só que tem gente que não vê isso. Mas eu queria saber mesmo se sou eu que acho essa história acima uma falta completa de ética e uma visão distorcida de moral ou tem mais gente que está vendo isso?!

Por favor, ajudem esse coelho, pois ele está confuso!

Dica, fiquem longe de livros semi-socialistas e anarquistas, isso faz mal pra cabeça!!! Frita tuuuuudo!!!

20.2.06

Um resumo de coisas interessantes

Bom, eu recebi um comment naquele post que "sumiu", que eu achei que deveria reproduzir aqui por dois motivos, (1) adiciona coisas bem interessantes a minha "raivinha", com outros argumentos sólidos e (2) me fez ir pra caralho com algumas coisas fantásticas ditas:

O problema está na árvore genealógica e nas influências familiares. A mamãe do emocore é Gótica, o papai do emocore é Clubber, só que eles se divorciaram, e a mãe casou com um homem 20 anos mais novo, skatista e fã de Hardcore. Misturou tudo e deu no que deu. Aliás, Poe, por favor... Não fica dando idéia na emada, daqui a pouco eles vão estar falando de George Orwell como se fosse parte da realidade deles, ou alugando Metrópolis só pra vir te contrariar. Eu sou totalmente a favor da distribuição de conhecimento, mas vulgarização é de mais. É que nem sair pra passear com aquele seu professor gente boa de teoria da comunicação pra uma tarde no Espaço Unibanco com os amigos dele e a sua sala de aula e ouvir os caras falando o tempo inteiro da influência do cinema indiano ou paquistanês na política da região setentrional média do sahara oriental, como se alguém que acordasse 7h da manhã pra trabalhar e voltasse as 24h30 da faculdade tivesse algum tempo pra procurar na 2001 um filme Paquistanês de merda. Eu só vou na Galeria do Rock pra comprar boné, tênis e pechinchar CD no Sebo do japa do terceiro andar, que sempre faz uns descontos maneiros nos cds das bandas independentes. E olha que pego metrô no Anhangabaú todo santo dia pra ir pra Faculdade.

Mas eu não sei se você reparou direito, mas tem níveis e níveis de "emocore styling". Tem o nível "chupetinha", que é aquele rapazote que usa a franjinha chupada com uma camiseta rosa estampada no peito em uma camisa social azul-bebe embaixo só com a manga e a golinha pra fora, short e mochilinha cheia de pin (aliás, nem falam mais pin né? é broche mesmo! pin é da minha época) com uma chupetinha, um gatinho ou algo fofo amarrado num cordãozinho. Tem o nível "boyzinho", que é aquele emocore mais contido, que usa uma calça jeans de alguma marca tipo Cavalera, e se fecha inteiro num casaquinho da Adidas preto deixando só a franjona a mostra. Tem o nível "skater", que é o cara que tem cabelo ruim e não pode usar franjinha então taca um boné pra esconder, virado de ladinho. Enfim, mas tem uns e outros que não emitem tanta informação, fazem um estilo emo/hc/postpunk/indie ou whater mais contido, e fica até bonitinho. Olha, eu vejo várias garotinhas apetecíveis emocorezinhas, não é por nada não, com um estilinho sussegado (sem deixar o rebite de lado). E eu tenho uma quedinha por saia e meia arrastão, não posso negar.

E só pra constar, o fofoletês e o "bozo, caralho" fizeram minha tediosa madrugada pós-micareta-forçada da faculdade, obrigado. Fazia tempo que não passava aqui, sem tempo. ;P

Comentei nesse porque o de cima tá dando erro. E o cara disse que você escreve estilo veja, psdb, jornal da globo e FOLHA DE SP. Notou algo errado? Será que ele queria dizer ESTADO de São Paulo? Eu einh...


Posted by Gabriel to O Coelho Branco at 2/18/2006 07:10:34 AM

E só pra constar, o fofoletês e o "bozo, caralho" fizeram minha tediosa madrugada pós-micareta-forçada da faculdade, obrigado. Fazia tempo que não passava aqui, sem tempo. ;P

Comentei nesse porque o de cima tá dando erro. E o cara disse que você escreve estilo veja, psdb, jornal da globo e FOLHA DE SP. Notou algo errado? Será que ele queria dizer ESTADO de São Paulo? Eu einh...

Posted by Gabriel to O Coelho Branco at 2/18/2006 07:10:34 AM

A segunda coisa é que eu virei fã do Ricardo Bánffy. Tá, tá! Ninguém é obrigado a saber o que o cara faz ou quem ele é, afinal, ele não é do U2, nem do Rolling Stones e nem de bandinhas pop adolescentes. O Bánffy escreve para a Webinsider e foi a segunda vez em menos de 2 meses que ele soltou uma opinião que eu gostaria de soltar, só que com muito mais embasamento, afinal, ele realmente TRABALHA com isso, eu sou "só mais um designer de cabelos coloridos cheio de boas intenções" (bom, deixa eu me fazer de coitado, né? Afinal, eu estou frustrado exatamente porque estou me sentindo desse jeito aí - quero horizontes, nem que sejam novos).

A matéria em questão se chama Malacus Curiae, você clica aí e dá uma lida para ver porque eu fico cada vez mais irritado com o Governo, pois ele não defende o interesse público, mas sim o dos lobbystas. Precisamos fazer algo com relação a isso, mas nesse ano de eleição todo mundo quer é comprar sua cota de favores dos políticos para poder depois foder tudo - estou com medo e isso não é uma brincadeira!!!!

E outra coisa fantástica foi a notícia que recebi ao abrir o meu navegador (adoro o Firefox, mas não consigo viver mais sem um leitor de feed, socorro! Geekei-me de vez!): a Microsofre vai parar de produzir o FrontPage na versão Office 2007! Deus existe? Não sei, mas este ano está bem insólito, até virus pra Mac OS X já saiu!!!!! Depois do Apple Intel eu não duvidava de mais nada, mas agora estou começando a achar que as coisas estão ficando realmente estranhas.

Clonaram tanto que os clones desbotaram

Bom, eu tinha postado isso na sexta-feira, mas por alguma situação insólita e mística o texto simplesmente desapareceu, acredito piamente que tenham zoado o BD do site, mas prefiro achar que foi cagada mesmo do pessoal do Blogger.com, mas eu sou prevenido, salvo tudo em texto antes de postar... lá vai de novo!

Isso mesmo, é um bom título para descrever o que eu vejo por aí a um ano e lá vai porrada (quase dois). Desde que comecei a trabalhar aqui em São Paulo e, por conseqüência, mudei-me pra cá, vou passear uma vez por semana pelo menos na tal da Galeria do Rock. Neste período vi o pessoal de preto e os cabeludos sendo substituídos cada dia mais por miniaturas indie, mas achei que era apenas uma tendência daquela temporada. Só que os mini-indies viraram monstrinhos piores e, tal como os Gremlins, se reproduziram (acho que deram banho nos mini-indies e, tal qual os hippies acabaram se espalhando rapidamente – viu, descobriram porque os hippies não tomavam banho, era controle de natalidade). Depois da explosão eles mudaram de nome, não eram mais iguais ao Gizmo, mas sim criaturas totalmente deformadas de seu padrão original – viraram amalgamas mal montadas e rebatizadas de emo (esta é uma definição madura sobre, mas a febre emo se explica de uma forma mais bizarra, mas eu perdi o link quando "perdi" o último post).

Como eu cheguei a essa conclusão? Não é maldade, mas existem motivos fúteis e motivos mais sérios que me irritam. Vamos primeiro aos fúteis, que são mais engraçados.

Existem três condições que dizem quando uma pessoa não deve se maquiar:

  1. Se você não sabe, não faça.
    Maquiagem mal feita é a coisa mais hedionda da face da terra. Treine em casa, fique limpando, mexendo com manuais, testando cores, formas e vá evoluindo. Só depois de ter certeza que o resultado está “bem acabado” é que você pode sair desfilar – se você tem mais grana, pague um curso de auto-maquiagem, não é tão caro e vai salvar você de vexames. Não concordam? Oras, falta de noção é foda, ou você acha que usar lápis preto como sombra, Minancora como base e pó e pintar a boca como uma puta (misturado com o mal gosto para se vestir esse crime fica ainda pior);
  2. Hora certa, momento oportuno.
    Isso quer dizer ter um pouco de noção de quando usar o quê. Está certo que alguns visuais ficam legais para chocar e tudo o mais, mas exagerar acaba fazendo merda. Não há porque usar uma maquiagem super pesada durante o dia, a luz acaba fodendo tudo e os excessos acabam agindo contra você. Use um tipo de maquiagem em cada horário, senão você vai ficar parecendo um figurante de algum filme de zumbi da década de 60 ou 70, mas pode ser pior, você pode parecer um vampiro dos filmes de terror dos ANOS OITENTA!!! Não há pior gosto do que este!!!!!!
  3. Tipo de pele.
    Alguns tipos de pele não permitem que você use qualquer base. Não, não é algo discreto e que precisa de um profundo conhecimento cosmético, é algo que você vê na cara. Adolescentes tem espinhas e muito deles tem a pele perfurada por elas (formam até aqueles quelóides); nestas condições é melhor não aplicar base em cima, nem pó, nem nada. Utilize produtos específicos. Se você tem a pele morena, não queira ficar branco ou vice-versa, não dá! Caso contrário você vai ter que maquiar o resto do corpo todo que fica a mostra. Não queira parecer um defunto se você é moreno de nascença ou por conta da piscina do final de semana, assuma sua tropicalidade e componha um visual com isso – não é pintando a cara de branco que você vai ficar mais “bonito”, vai é ficar parecendo o Bozo, caralho!!!

Agora vamos aos motivos mais sérios, estes eu nem vou numerar, vou só discorrer sobre.

Vocês já viram o volume de informação disparada por um único individuo desses ditos “emos” ou seja-lá-que-nome-queiram se dar? Poxa, é uma poluição visual que deixaria pirado qualquer estudante de semiótica. É coisa meiga misturada com trasheira, é colorido com meia arrastão, maquiagem preta e pesada misturada com roupa mais pesada ainda, franjas lambidas, cabelos arrepiados como punks, símbolos que representam a anarquia, símbolos que representam o metal, símbolos que contestam a política, contas que remetem e cabelos coloridos remetem ao anime, etc. Você fica praticamente com dor de cabeça. É uma invasão assustadora aos olhos que deixa qualquer um com a menor sensibilidade estética com os pelos da nuca arrepiados. É legal ousar, mas peraí, é o mesmo da maquiagem. Acho que adolescentes deveriam ir todos para uma ilha e voltarem só quando fossem adultos, talvez uma tatuagem devesse ser feita nos bebês como: “produto seguro até os 12 anos e após os 19, cuidado com o período não compreendido”.

Literatura agora é a outra coisa que pesa!!!! As pessoas não sabem escrever o próprio nome direito e nem uma redação simples mas ficam soltando pelo seu internetês que lêem Admirável Mundo Novo – falam do livro cheio dos seus voxes naum viram k legauuu k foi, o brad pittty tava xuper foufo nu fiume, afeee, o que sacrifica a coerência da informação processada. Realmente, é um livro muito bom, do caralho, amo e está na lista dos livros que mudaram a minha vida. Só que ele sozinho perde a sua essência. Este livro é pra ser lido junto com Júlio Verne e também com o 1984 do George Orwell; é pra ser acompanhado com outras mídias, como a idéia de Metropolis e todo aquele espírito do expressionismo alemão do cinema. Mas sabem o porquê de “Admirável...” estar na lista dos livrinhos mais falados entre a molecadinha que freqüenta a galeria? Por conta da Pitty! Tá, ela tem uma letras legais e tudo o mais, mas porra, não é por conta do “Admirável Chip Novo” que eu vou absorver um conhecimento – não é pra gostar mais da banda e falar “eu sei de onde veio a influência”. Ler é absorver conhecimento e não dar argumentos para você ser melhor do que outra pessoa. Seu gosto musical não vai ser melhor do que o outro por conta de conhecer as influências, apenas a sua percepção das coisas vai ser diferente se você utilizar a informação para processar o mundo ao seu redor. O que ocorre é o contrário, absorve-se o mundo processado e mastigado – a mensagem se perde, a vida se perde e acaba todo mundo caindo no refrão que a própria Pitty fala “nada é orgânico, tudo é programado”. Arghs!!!!

E isso não acontece só com a literatura, vai também acontecer com a música! É de enlouquecer o levante desses monstrinhos. Só rezo para que uma outra moda venha, estou com saudade da “moda clubber”, quando eles só pentelhavam a Galeria Ouro Fino e estavam lacrados em raves!!!! Aliás, os emos são tão sem noção quanto os clubbers, isso me faz acreditar piamente que o problema está de fato nos adolescentes.

Quando meus filhos fizerem 12 anos irão todos fazer intercâmbio, assim estarei a salvo. Preciso concordar com a Turma do Bairro, os adolescentes fazem parte da tropa de elite do mal.

19.2.06

Opa, meu post sumiu!!! Bom, espero que tenha sido um problema do blogger, mas eu vou colocar novamente ele na segunda, afinal, eu sempre tenho os posts salvos no meu PC, porque deixar só na internet é besteira da grande quando você acha que algo é relevante.

Amanhã então, antes de eu ir para o show do U2. Ai, que chato!!!!