14.6.05

Das coisas que eu odeio de verdade

Uma das coisas que me deixa muito chateado, talvez a que me deixe MAIS chateado e triste, é a mentira. Odeio, do fundo do meu coração, a dissumalação e a falta de coragem para se dizer o que se pensa, mascarando com uma embalagem mais aprazível e que não seja verídica.

A mentira é mesmo o que me deixa triste. Choro quando me sinto enganado, talvez por ser bocudo e falar sempre o que eu penso. Prefiro ser claro e que as pessoas sejam claras comigo. Não suporto ou aturo sussurros pelos cantos, não gosto de ser feito de idiota por pessoas que eu gosto. Quem me conhece sabe que é muito mais fácil falar diretamente para mim o que se pensa, quer ou espera do que ficar fazendo joguinhos. Odeio. Odeio. Odeio outra vez.

Quando as pessoas não me conhecem de fato ou não me são caras, isso nem me é tão grave, afinal, o ser humano é assim mesmo. Só que as coisas mudam de figura quando são as pessoas que você tem em alta conta. Pode parecer até birra ou manha, mas não é esse o caso.

Eu sou assim, aberto. Falo o que eu penso na cara e se eu tenho alguma impressão sobre alguém esta não vai mudar quando eu conversar cara-a-cara com o alvo do meu comentário. Mesmo que minha opinião mude a cada 24 horas ainda mantenho-me firme sobre o que eu sinto sobre alguém... mesmo sendo volátil, ainda sou honrado ao ponto de assumir um frase solta – porém, toda frase tem um contexto e este deve ser analisado sempre, antes de serem soltos comentários pejorativos ou inflamados.

Talvez por eu ser desse jeito as coisas sejam complicadas quando pessoas próximas agem dessa forma. Não me sinto bem. Choro. Fico triste e vem aquela sensação de “não confiam em mim”. É horrível, de verdade. O pior sempre é ouvir as conversas e entender o que se passa! Daí você fica com aquela cara de “poutz, tá, porque não falam diretamente?”. Isso me magoa, tenham certeza. Por sempre falar o que me incomoda em quem eu gosto prefiro que as pessoas sejam diretas comigo. Se eu fui inconveniente espero que as pessoas venham e falem para mim que eu pisei na bola; se fui grosso espero que me falem qual foi a grosseria para que eu não a repita ou, se cabível, faça um pedido imediato de desculpas; se estou fazendo algo que incomoda, prefiro que puxem a minha orelha e joguem os fatos reais, pois sou uma pessoa razoável e sei assumir que estou invadindo lugares onde não fui convidado.

O problema é que quando eu gosto de alguém, mesmo que seja um pouquinho, acabo depositando confiança e acredito que a pessoa goste de mim ao ponto de respeitar essa transparência que prego. Porém, a verdade não é essa. Já passei por isso diversas vezes, seja com amizades mais longas, colegas de trabalho ou amizades recém-iniciadas. É duro, acho que sou um estúpido crédulo que ainda nutre uma idéia idiota de que o ser humano vale a pena e uma esperança na índole do ser.

TPM astral, saiam do caminho. Acho que alguém tem que avisar o meu cérebro que eu não tenho ovários ou útero!

2 comentários:

Anónimo disse...

Alo? cerebro do Poelho? Oi... oh... ele nao tem utero nem ovario... ok?


E ME DIZ QUEM FOI Q EU QUEBRO EM PEDACINHUS!!!


Bjos bjos bjos bjos bjos e mais bjos e um abraco grandao assim ohhhhhhh

=*****

Anónimo disse...

É, agora eu entendo MESMO você.
Mas não agora com o texto.
Agora...
Depois de aprender a ser clara quando devo ser, aliás, ser sua "amiga" me ensinou muita coisa boa...
Deixar os joguinhos quando tem que falar sério é um exemplo.
Vlw Coelho!
Mas não esquenta com a TPM não... daqui a pouco passa. :P
Beijo.