21.7.02

talvez sejam as horas que doam mais, o tempo machuca, os sentimentos ferem, as coisas mudam... infelizmente a gente naum consegue controlar a tristeza. Quem me dera eu fosse o senhor de mim mesmo, pudesse mandar o peito parar de bater e ele parasse...

Juro que tentei, mas essa condição humana de não pode mandar no seu próprio destino e nos anseios me deixa de mãos atadas. Nos meus mundos de fantasia era tão mais fácil, tão mais dócil, tão mais simples.

É nessas horas que você para e pensa: todo meio justifica o fim (ou seria o contrário nesse universo tão perto íntimo do Caos)?

E não paro de pensar o porquê desse mundo de sonhos seduzir tantos. No mundinho onírico vc é que manda no trem e pode decidir se quer que ele descarrilhe ou não, nesta vida real (ou sonho de outrém) vivemos somente para cumprir nosso papel e aceitar o que nos dá. É fácil mudar e se adaptar, o problema reside na casa mais distante do zodíaco, não estamos tão próximos das respostas, estamos apenas a um passo da loucura.

E o que é ser louco? O que é amar de verdade? O que é sonhar? O que é realidade? Tantas questões já foram feitas nessas mesmas praias e por pessoas tão parecidas ou melhores do que eu.

Cansei... sabem? A vida parece um ritual de eterno masoquismo: mesmo praticando o sadismo passamos a nos cortar com as pontas dos ossos que deixamos expostos.

Não sou uma criatura nobre, já reconheci que sou cheio de falhas e das mais grotescas provenientes ao ser humano (uma delas é consciência, vilã essa que nos mata aos poucos). E por que eu me torturo? E pq eu desejo estar acordado mesmo sabendo que o mundo de sonhos ainda é o melhor?

Um dia eu me respondo tudo isso... e seria melhor eu saber essas respostas porque as comuns (quem sou? para onde vou? de onde eu venho?) estão mais batidas do que as cicatrizes que a poesia faz nas veias dos ébrios amantes da noite...

Felicidades a todos... e sonhem quando puderem viver a realidade, o sonho ainda é mais doce que a verdade.

Enfim... só um desabafo de alguém que explode as vezes e prefere economizar esse sentimento em versos.

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