9.2.06

O direito de gritar

Todos temos os direitos de dar nossa opinião e colocar nossos argumentos na mesa, é garantida pela Constituição do Brasil o direito de se expressar no Artigo 5º da mesma, que define que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.

É determinada pela constituição, através do item II do Artigo 5º que “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”. A Constituição ainda dá salva guarda no Item XVI a reunião de pessoas de forma pacífica em locais públicos, dizendo “todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente”.

O que isso significa?

Que eu posso falar o que eu quiser, como eu quiser e do jeito que eu quiser, desde que isso não seja crime e não vá contra nenhum outro artigo da Constituição ou do Código Civil. Significa também que eu posso sim fazer gritaria e passeata, mas desde que não infrinja também nenhuma outra lei. Tem mais, quer dizer que eu posso fazer uma passeata, mas devo dar um breve “alows” às autoridades competentes, ou seja, Policia Militar ou Civil para que estejam cientes que eu vou dar trabalho.

Esses são os nossos direitos e podemos exerce-los, desde que saibamos fazer da forma correta.

Quando queremos dizer o que pensamos temos que ter provas ao soltar acusações e para saber o que são provas devemos recorrer a alguém que nos explique. Provas tem que seguir um conjunto de regrinhas e pensamento dedutivo não significa prova, mas sim uma idéia.

Ao apontar o dedo para alguém, tenha algo para mostrar que demonstre factualmente o que está havendo, não adianta só somar fatos aleatórios para que dêem força para seus argumentos.

Sair as ruas e protestar é nosso direito sim, mas devemos saber quando e como fazer isso, afinal, você acaba piorando uma imagem delicada se o fato que leva você as ruas não tem um embasamento sólido – vai por água abaixo a sua credibilidade e a dos movimentos que lhe apóiam.

Saiba a hora de falar e de ficar calado. Tenha sempre em mente que cabeça quente só piora as coisas, é melhor segurar o reggie e resolver as coisas depois. Outra lição valiosa é “não queira subir em cima das outras pessoas”, também não retire delas direitos básicos determinados pela Constituição que lhe garante os teus.

Antes de gritar por aí e sair em passeata, primeiro respire, junte forças, crie argumentos sólidos e verossímeis, tendo sempre como premissa que a verdade não é aquela que você quer que seja – é verdade ou é ficção.

O que me deixa mais boquiaberto é que as pessoas tendem a defender um interesse que não é delas, aceitam a máscara ideológica colocada em um produto e engolem tudo de uma vez, fazendo de tudo para que aquele produto seja defendido, mesmo que ele esteja podre por dentro.

Não adianta tapar o sol com a peneira, ser do contra é legal, porra, mas tem limite. Adolescente adora polemizar sem ter argumento ou só porque acha legal, mas ficar puxando o saco sem ter uma idéia própria é fim da picada (como diria meu pai).

Pensem! Pensem! Antes de ter uma opinião ou sair por aí metralhando o mundo, por favor, pesquisem. É por isso que está tudo essa porcaria, as pessoas ainda votam pela propaganda eleitoral – que porra!!!!!


E pra gente se divertir, uma pérola da Internerd pra vocês, Os Ninjas do Arroche!!!!!

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