27.6.05

Estou feliz. Sim, eu estou feliz e vou proferir isso pra todos os lados, como sempre. Uma pessoa muito querida me disse certa vez que eu deveria guardar a minha felicidade em um pacote e deixar ela apenas transparecer para quem é mais intimo, pois as pessoas tem o péssimo hábito de invejar a felicidade alheia e de jogar caô. Acredito até que ela tenha razão nesse ponto, pois a maioria das pessoas não consegue ficar feliz pela realização alheia e logo a invejinha começa a escorrer em forma de veneno pelas presas das pessoas que lhe cercam.

Só que eu acredito também que você deve ser transparente. Tenho um escudo “anti-caô”, mesmo! Além disso, quando eu estou triste eu divido isso em forma de textos, quando estou confuso coloco isso aqui, então, quando eu estiver feliz devo ficar calado? Devo deixar de festejar quando as coisas dão certo? Devo amargar o que é doce e não aproveitar enquanto as energias estão sendo renovadas? Creio que não. Sei que tem muita gente mal intencionada que não quer o bem alheio, mas eu não sou assim e não vou me dar ao luxo de ser como essas pessoas – fico de fato feliz quando pessoas queridas estão felizes e torço todos os dias para que os amigos e entes queridos tenham tudo o que merecem.

Por isso eu festejo, porque quero sentir o gosto doce e dividir com as pessoas que eu amo. Meu coração é grande e vai continuar sendo assim, podem jogar os dardos, seres mal intencionados, pois o que me importa são as pessoas que eu amo e que me são caras. Festejo junto com quem eu amo e vou continuar a fazê-lo mesmo que isso abra caminho para aqueles que não me querem bem, mas o que importa é que estou bem e isso é fantástico.

Hoje o céu amanheceu cinza, mas era tão bonito olhar para cima e ver as nuvens andando, mudando. As ruas estavam movimentadas, as pessoas presas em seus mundos e eu sorrindo feito um idiota. Estou feliz. Sim, estou feliz e realizado. Tenho pessoas fantásticas em minha vida, pessoas lindas em meu caminho, meu trabalho me realiza como pessoa e tenho alguém que está pronto a me receber de braços abertos – então eu me jogo, solto-me das amarras e vou em direção absurdamente perigosa rumo ao penhasco, só que eu sei que tem alguém lá para me aparar e que o caminho será um vôo fantástico, mágico e inesquecível. No final encontrarei os braços de quem quer me receber e os meus estarão abertos desse lado do penhasco para que essa pessoa pule também.

Estou feliz e que se foda o resto todo. A vida muda, os sonhos vem e hoje eu me sinto em um lugar melhor. E amo estar onde eu estou, com quem eu estou, do jeito que estou!

Desafios sempre vem, mas dessa vez a Roda da Fortuna está no caminho das pedras ao lado de um lago lindo, a lua reflete em sua superficie e as estrelas cintilam multiplicadas pelos vagalumes que roçam perto d'água. O caminho continua sendo árduo e a labuta dura, mas tudo é bonito a minha volta. Respiro, apaixonado pelo que eu seguro: quero manter isso em minhas mãos, porém, não seguro o que tenho aqui como se isso devesse permanecer entre meus dedos – permito que essa coisa que me é cara voe como uma borboleta e pouse novamente em meus dedos, pois o que é livre deve permanecer neste estado para que mantenha o seu brilho natural. Não toso a liberdade por ser apaixonado por ela e por acreditar que tudo o que é natural é mais belo, é mais limpo e vivo.

Tudo o que importa agora é que estou feliz. E essa felicidade vai continuar pulsando, enquanto meus pulsos estiverem aqui, com o sangue correndo e a vida mudando, afinal, todos os dias eu envelheço e em todos eles eu mudo, por isso, quero manter-me intenso até o final, intenso nos lábios de quem amo e nos ideias que prego – sou vivo em minhas idéias e mantenho-me firme no que eu sinto, mas somente quando aquilo que zelo aceita-me de braços abertos.

Sou intenso, mas sou fluídico – se as comportas estiverem fechadas, então me represo!

1 comentário:

Anónimo disse...

Poe.... fiquei muito feliz em saber das coisas boas que te aconteceram... :)
Keep on touch!
love ya
beijocas