Percebo as suas vestes
A quilômetros do agora
Em um país distante
Nada concreto na demora.
O sorriso de canto vibra
Em um tom baixo que toca
A pele desvairada e travessa
No instante vago da aurora.
Talvez os olhos se percam
Entre as cores do espectro
Das possibilidades distantes
E das verdades ausentes,
Mas eles brilham verdes
Nem que de outra cor sejam.
É mentira bem ensaiada
Contada a nós mesmos por anos
E sabemos, num estalo pulsante,
Que a verdade não é presente
Dado a quem realmente amamos.
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