24.9.02

Vamos narrar uma coisa muito "legal" que aconteceu comigo agora a pouco.

Como a maioria sabe eu tenho uma empresa, ou melhor, sou sócio de uma empresa junto com o Edilmo e com o Lucas. Então, a firma é um pouco longe de casa (40 a 50 minutos a pé) e eu costumo ir ou voltar a pé constantemente, principalmente a noite ou de madrugada.

Então, hoje fiquei até um pouco mais tarde e resolvi matar o tempo jogando um pouco de Diablo II (o que fiz no sábado também). Sai de lá meio apressado, afinal, tenho que dormir pois tenho reunião logo de manhã. Vim a pé, todo feliz e saltitante, passando por debaixo do pontilhão da FEPASA, por traz do Cemitério PAX e do depósito de gaz e sai na frente do Supermercado EG que cai direto na Av. São Paulo (nativos Sorocabanos, vocês devem saber de onde eu falo), logo na parte nova que está duplicada. Quando cheguei lá resolvi bancar o "bicho do mato" e tirei os tênis.

Imagem só a figura andando as 2 e lá vai pedrada da manhã, com calças jeans "pula brejo" desfiadas, cabeça raspada, barba por fazer, jaqueta preta fechada até o queixo e com jeito de "eu estou andando feliz com esse puta frio na rua". Será que eu precisava de alguma plaquinha escrito "por favor, eu quero uma revista policial agora!!!!"?

Não, não precisava. Chegando em casa, a apenas duas quadras do meu doce lar, aparece uma viatura do Garra! Que linda foi a minha sensação e já antevi o que iria acontecer. Como andarilho que sou já estou acostumado a levar batidas policiais no caminho de casa, do trabalho, da escola, da casa da namorada e de tudo quanto é lugar. Só que levar batida as 2h30 da manhã do Garra não é uma coisa muito gostosa, principalmente quando os caras estão com uma cara de passados te olhando como se disessem "quem é este figura?".

Tá bem, os policiais foram educados, mas eu já previ a batida quando eu vi o giroflex ligado láááá longe. Tirei a carteira, tirei o celular e já fui ficando preparado para o encosta na parede. Não deu outra. Lá vai o Poe encostar com as mãos para cima, pernas afastadas e carteira na mão na parede da casa do Marcelo (o pior é conhecer o dono da casa *rs*). Apalpa dali, apalpa de cá e eu já estava entrando no clima quando o cara começa a tirar uma onda da minha cara para ver o que respondo.

"Cê mora onde? Que cê tá fazendo essas horas na rua? De onde você vem? Faz o que da vida? Está descalço porque o calo apertou? Tem passage? Usa drogas?"

Ah! E o pior era meu bom humor para com os policiais e a colaboração. Eles até perguntaram se era comum eu levar batidas. E o que eu respondi? SIM! O outro PM deu uma risada e disso: "É, toma cuidado em andar essas horas na rua. Podem confundir você com alguém, dae já viu!". Gelei! Perdi a pose que estava até aquela hora e os tios de farda me dispensaram. Fui assoviante para casa e cheguei na mesma hora que os nossos amigos PM du maaaaaal passaram na frente da minha casa olhando com a cara de "olha, o cara morava onde ele disse que morava mesmo". I loved it!!!!!

Então, são quase três da manhã e estou narrando esta história para ficar documentada. É bom as coisas estarem frescas na cabeça, pelo menos eu vou lembrar disso por um booooom tempo e vou ter "mais uma história de geral". Ao todo são umas 10... é uma merda essa vida de boêmio e andarilho. Preciso pegar sempre os mesmos PM, quem sabe não ganho novas amizades!!!!

O que eu não gostei é que o cara depois de me apalpar muito nem deixou o telefone. Que droga, snif! Estou triste, ele usou de mim e não quis algo mais sério. Dammed!

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